No final do ano passado minha vida deu uma reviravolta, estava cheia de trabalho, já cansada do ano todo, passei por momentos de decisões, expectativas, até que a nossa vinda prá cá se definisse, além de outros problemas pessoais que a gente sempre tem, e por tudo ter se somado, me abati bastante. Em questão de pouco tempo, menos de 3 meses percebi alterações de humor, muita irritabilidade, chorava à toa, outras vezes nem tão à toa assim... Engordei 12 Kg, me senti inchada, cansada e isso foi um fator que terminou de me "derrubar" digamos assim. Meu cabelo começou a ressecar, perder o brilho e cair sem parar, minhas unhas não só quebraram todas, como laminaram em camadas ficando finíssimas, minha pele manchou. Me senti impotente diante dessas mudanças, triste, e absolutamente desanimada. Não foram dias fáceis, mas como eu tenho uma carapaça meio dura... só mesmo quem me conhece muito bem e estava muito próximo participou de todo esse processo e percebeu o que estava acontecendo.
Quando eu parei de achar que podia sair daquela situação sozinha e assumi prá mim mesma que eu precisaria de ajuda e precisava buscar soluções e causas, fui ao médico. Protelei, relutei porque eu sabia muito bem que haviam problemas, eu sabia tudo que eu ouviria, mas a situação era um pouco maior do que eu pensava. Comecei fazendo alguns exames e o mais preocupante foi minha prolactina e cortisol extremamente elevados, o que já sugeria de início um quadro de stress agudo, não aquele stress que a gente diz "estou estressada, cansada", mas um stress comprovado e fisiológico, meu corpo pedia socorro. A prolactina alta nos deu um susto, porque nos níveis em que estava sugeria que pudesse ser até mesmo um tumor, além do colesterol alto, glicemia limítrofe sugerindo um início de diabetes, hormônios da tireóide alterados, serotonina baixíssima, colesterol bom, que é um protetor do coração, estava extremamente baixo. E eu ouvi da minha médica, você é uma bomba-relógio e me admira ainda não ter disparado... e não é fácil você se ver numa situação assim.
Percebi que eu estava trabalhando demais, guardando coisas dentro de mim demais, remoendo outras, mágoas engolidas, querendo passar uma imagem de força prá não preocupar ninguém, tentando me convencer que eu estava aceitando bem todas aquelas mudanças e acontecimentos, quando na verdade eu não estava; e pior, me culpando por não estar lidando tão bem com a situação como eu gostaria. Apesar de tudo, eu sou muito calma nesse aspecto, e se temos um problema, vamos resolvê-lo e uma parte de cada vez.
Começamos com o principal: o cortisol; precisei tratar o stress, minha médica é bem cautelosa e me deu além do medicamento específico, fluoxetina, prá que eu ficasse menos ansiosa e mais calma, e isso também estabilizaria meu humor e aumentaria meus níveis de serotonina. Eu perguntei à ela se isso era um diagnóstico de depressão, ela disse que sim, mas decorrente do stress que eu passei, que a hora que o cortisol estabilizasse, tudo estaria resolvido, era uma depressão fisiológica, mas não de fundo emocional, mas que no fundo, era sim, hoje eu vejo com clareza. Comecei a me sentir melhor, dormir melhor e tudo foi melhorando. A prolactina baixou com medicamentos e a tireóide também estabilizou. Fiz exames mais aprofundados de glicemia, curva glicêmica e etc... e depois de poucos dias com a medicação anti-stress a glicemia também ja tinha normalizado. O aumento do peso foi em função de todo esse desequilíbrio, e uma resposta, um pedido de socorro do meu corpo. O colesterol não tem desculpa, o ruim, foi por má alimentação mesmo, e o bom por falta de exercício físico.
E hoje como estou? Estou melhor, com os exames todos estáveis, sem medicação, tudo está estabilizado, mas o peso continua em excesso, e depois desse aumento súbito, eu comecei a me sentir cansada, pesada, lenta, sentindo os joelhos, porque minha casa tem escadas e subir com a Mariana no colo não é bolinho. Agora que já resolvi tudo que estava comprometendo minha sáude, vou começar a segunda etapa dessa batalha, reeducação alimentar e exercícios, preciso emagrecer; pela minha saúde, por mim que não estou contente. Admiro muito as gordinhas felizes que falam isso de boca cheia, mas definitivamente essa não é minha realidade, estar acima do peso me irrita, me deprime, me faz sentir mal, incapaz, e não vejo beleza em mim, nada me agrada. Resumindo: não sou uma gordinha feliz, não estou uma gordinha feliz e não acho bonito, e prá dizer e assumir isso, foi preciso uma boa conversa comigo mesma, franca, clara, sincera e... dolorida. Mas eu nunca fui de me enganar, de acreditar em nada que fosse mais conveniente ou convincente prá mim, fosse por covardia, fosse por comodidade. Eu não estou feliz, e não vou ficar assim e ponto.
Resolvi escrever, contar tudo pelo que passei; primeiro porque muita gente me perguntou, muita gente me escreveu e pessoas que sei que gostam de mim de verdade se preocuparam e me perguntaram abertamente sobre o que estava acontecendo. Segundo porque penso que muitas pessoas devem estar passando pela mesma situação e talvez precisando saber que isso é comum e não estão sozinhas, e o melhor, que só depende da gente mesmo prá melhorar. Com tudo isso que aconteceu, ao invés de eu lutar prá melhorar, eu me entreguei, deixei de me cuidar, minha autoestima ficou no chão, eu desisti de mim. E demorei prá acordar, mas acordei... e estou muito disposta, e o principal, determinada a mudar.
Consegui finalmente tirar da minha vida coisas e pessoas que me faziam muito mal, estou aprendendo a me respeitar mais. Eu mudei de cidade, meu trabalho mudou, e agora eu estou mudando de postura e atitude. E que Deus me ajude, me dê forças e coragem, e que quem quiser me ajudar, me apoie e colabore comigo, só isso já basta, o restante é por minha conta e risco... rsrsrssr.
Minha médica me passou uma cartilha do meu plano de saúde que na época era o Paraná Clínicas, do Hospital Santa Cruz, com atitudes básicas, simples e que podem mudar muito a nossa qualidade de vida e isso também me ajudou muito a rever hábitos e mudar algumas coisas. À partir dessa semana, eu vou colocar essas atitudes aqui e dividir com vocês esse conteúdo que considero precioso prá todos, em qualquer idade, saudáveis ou não.
Ilustrei esse post com algumas fotos que gosto, com algumas fotos que fazem lembrar épocas em que eu estava muito feliz, como forma de incentivo prá que eu volte a ser da forma que eu gostava. Eu sempre fui e sou uma brasileira típica, tenho
um bundão muito quadril, coxas grossas e cintura fina, que está meio escondida... rsrsrsr. Nunca fui magérrima e nem pretendo (e meu marido me demite... rsrsrsrs), gosto das minhas carninhas, só não gosto no momento das dobras prá todos os lados, que como eu disse aqui em casa, não são curvas, são excessos, são gorduras. Sendo bem realista com vocês e honesta comigo, eu ando me sentindo um saco de batatas ambulante, de bem mais de 60 Kg, na forma e no peso... e não quero mais me sentir assim. Acho que tudo é uma questão de ótica, de gosto e de aceitação, se eu estivesse feliz assim, não estaria preocupada, mas isso tem me incomodado demais, ando irritada.
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| Foto de ontem, sem maquiagem, sem Photoshop, porque sou macha... kkkkkkk |
Minha meta inicial proposta pela nutricionista é de que eu emagreça 10 Kg até dezembro, sem remédios, sem dietas, só com reeducação e exercícios, o prazo é grande, a meta é aceitável e possível, e eu vou andando, mas nem tão devagar, senão desanimo, eu gostaria de emagrecer até dezembro pelo menos esses 12 Kg que não me pertecem! Saiam desse corpo que ele é meuuuuuuuuu!!!! kkkkkkkkkkkkkk
E vamos em frente, que eu quero uma versão 2012/2013 nova e goxxxxxxxxxxtosa, suculenta e vitaminada, acima de tudo, saudável! Eu quero ser e estar feliz por completo e estou decidida a tirar da minha vida e do meu caminho tudo que não me fizer bem, feliz e não me acrescentar.
E claro... como sempre, eu conto com vocês na caminhada, nos #mimimis e etc...
Beijos ♥
